O Feudo Franco do

Mar Salgado Escrito e diagramado por Felipe Velloso

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O Feudo do Mar Salgado, nome pelo qual é conhecido o Feudo Franco (freehold) do Rio de Janeiro, é justamente um daqueles locais do mundo onde converge um imenso número de portas para a Sebe, gerando uma população de Changelings desproporcional para o tamanho da cidade. Ninguém sabe dizer o porquê desta superpopulação, mas como este tipo de manifestação estranha ocorre em outras partes do mundo, a maior suspeita é que ela tenha origem nas fortes ondas de imigração humanas, que costumam a dar a fagulha original, para uma grande concentração de Perdidos em uma cidade. Outra teoria, mais popular é que o número maior de estradas de Arcádia para o Rio se dá em cidades que são particularmente presentes no imaginário coletivo. Desde o século XIX, o Rio de Janeiro é a cidade mais popular da América Latina, até hoje a única cidade do continente a ser a sede de uma monarquia européia, com seus castelos, duques, barões e princesas. As primeiras grandes ondas migratórias para o Rio aconteceram em quatro momentos diferentes: na fundação da cidade (já demarcada como a Capital da região sul do Brasil), durante o ciclo do ouro (quando o Governo Geral de toda a colônia foi transferido para lá), com a chegada da família Real (onde o Rio passou a ser a capital do Reino Unido de Brasil e Portugal) e por fim, durante toda velha república. No século XX o Rio exerceu de forma muito marcante uma política de centralização (ficando no meio de Minas e São Paulo, o famoso Café com Leite) que a consolidou como a maior cidade do Brasil até meados da década de 50.

Este último momento teve seu pico na metade final dos anos 30, onde a cidade cresceu muito devido a dois motivos: uma intensa industrialização carente de mão de obra, e o fato de ser um local praticamente intocado pela segunda grande guerra. Imigrantes de todo o mundo passaram a ter o Brasil como um de seus principais destinos, Carmem Miranda e Pato Donald faziam filmes populares no Rio e o Samba já ganhava o mundo. Na década de 50, a imagem de cidade maravilhosa era vendida cotidianamente, e seus artistas, como Tom Jobim e João Gilberto, se tornaram alguns dos músicos mais celebrados e ouvidos do planeta. O Rio começou a aparecer com freqüência entre os sonhos do mundo, aumentando ainda mais sua população desproporcional de Changelings.

Quando uma cidade começa a ser sonhada, os primeiros caminhos da Sebe (Hedge), ou seja, de Arcádia, começam a se abrir. Conforme novos Changelings vinham parar na cidade (mesmo quando possuíam origens em locais bem distintos) e lá resolviam se estabelecer esta conexão se tornava mais forte. Quando um pequeno grupo de Changelings começou a trafegar e cuidar da Sebe local, este tipo de ação fez com que mais caminhos de Arcádia se abrissem. Com um pouco de sorte e predestinação, a cidade pôde acabar se tornando uma daquelas afortunadas, onde ocorre uma explosão populacional de Changelings, como Los Angeles e Paris com seus Freeholds que somam quase 500 afiliados. Desde o século XIX, O Rio de Janeiro começou um processo que colocaria a cidade como uma das capitais feéricas do mundo, com quase 300 Changelings vivendo sob os auspícios de um grande e poderoso Feudo Franco (Freehold). Este período de crescimento e formação de laços ficou conhecido a Primavera do Mar Salgado (durando até cerca de 1930). A maioria das tradições deste Feudo foi criada nesta época, assim como as grandes Casas de Nobreza e Ordens de Fidalguia (Entitlements).

ã A década de 30 foi em grande parte o clímax deste movimento de criação. Aqui a sociedade dos Changelings foi finalmente sedimentada, seus rituais consolidados e sua organização definida. Nesse período foram criados os mecanismos de proteção, física e social capazes de sustentar uma capital feérica. Ocorreu um amadurecimento da sociedade. As grandes cortes realizaram grandes feitos, e o mundo parecia claro e justo. A Corte do Verão, até mesmo pelo clima da cidade sempre gozou de uma grande hegemonia, e isso era representado pela longa duração de seus Reinados. Quase desde a criação do Feudo, os Reis do Verão passam quase cinco meses no poder, deixando as três outras cortes para dividir os demais sete meses do ano.

Já nos últimos anos da década de 40 os principais problemas vieram a surgir, uma grande população de changelings acaba atraindo não só a atenção das Fadas Verdadeiras, como também de seus aliados e outros tipos de monstros (como hobgoblins da Sebe). A cidade começou a sofrer ataques e traições, e com isso, aparentemente o último passo para seu amadurecimento foi dado, eles haviam sentido a dor e conhecido o medo, e por isso sabiam se proteger melhor.

Com o tempo, as Cortes e o Feudo como um todo conseguiram alcançar um grau de poder e influência que pareciam capazes de viver um novo e seguro verão. Mas entre os seus membros poderosos existiam cristais de gelo que simbolizavam a chegada de um inescrutável inverno.

E então o mundo caiu sobre eles. O ataque, a traição, não havia vindo de um perigo externo, mas de alguns de seus melhores homens. O Campeão Rubro, um dos títulos mais importantes da Corte do Verão e simbolicamente o Changeling perfeito do feudo, abriu as portas para um novo Rei, um Rei coroado em Arcádia com muito poder e sangue nos olhos. Em poucas noites a nata do feudo foi dizimada pelo ser feérico

conhecido como Milorde das Lágrimas e seus seguidores. O evento ficou conhecido como “o grande inverno de 52”. Alguns resistiram bravamente e sobreviveram a estes dias terríveis, outros fugiram para poupar suas vidas. Mesmo com um forte movimento de resistência, as perdas eram grandes demais e o Feudo foi reduzido a um terço de seu tamanho. Foi justamente neste momento sombrio onde todos haviam desistido de lutar que a cabeça do Lorde Feérico foi arrancada pelo mesmo Campeão Rubro que originalmente o havia apoiado. A espada de Ferro Fria usada pelo Belíssimo (Fairest) Cristóvão, lhe rendeu o nome de Tirânicida. Ainda que os sobreviventes da Corte do Verão exigissem a cabeça de Cristovão, ele foi absolvido em um julgamento misto entre representantes das quatro cortes, e foi aceito como membro na corte do Inverno. O resto dos anos 50 deram início a uma lenta primavera, isto é, um doloroso processo de reconstrução do Feudo, que ainda não está perto de alcançar o seu fim.

(A Coroa de Chifres, a Corte Esmeralda, a Corte do Desejo) A Corte da Primavera, tradicionalmente chefiada pela Donzela Esmeraldina, possui muita força na cidade, especialmente pelo Desejo parecer ser a principal emoção que guia os mortais até o Rio de Janeiro. Se no calendário oficial a Primavera dura de Setembro a Dezembro, na cidade maravilhosa ela é pouco percebida por seus moradores e turistas. O mais tradicional é que o líder da Primavera se manifeste ainda no final de Agosto e entregue seu trono ao todo poderoso verão em Novembro. Apesar do curto tempo no poder, o verão do Rio de Janeiro é tradicionalmente associado a emoções ligadas a Corte da Primavera, com seus corpos dourados na Praia e as duas principais festas da cidade: o Reveillon e o Carnaval. Desta maneira, ainda que o Trono passe para a Lança de Ferro durante cinco meses do ano (de Novembro a Março) os membros da Coroa de Chifres continuam a dominar e influenciar a cidade com tanta força quanto em sua estação. Aparentemente, não há nada que a Corte do Verão possa fazer, já que é durante a sua estação que os membros da Primavera mais conseguem Glamour e outros tipos de recursos. Certamente a Corte Esmeralda pode ser considerada uma das mais poderosas do Rio de Janeiro, talvez até a mais poderosa em termos de influência e recursos alcançando um patamar quase incomparável com as demais. Entretanto, seus membros parecem tão preocupados com a própria folia que raramente vemos algum tipo de agenda ou plano político da corte se manifestar no Feudo Franco, os primaveris estão muito satisfeitos com os dois meses e dez dias em que governam o Rio e parecem não sentir as mudanças de Corte. Certamente isso apenas ocorre porque nada os incomoda,

já que é mais do que claro, que se desejado a Corte da Primavera tem poder suficiente para subverter completamente o sistema atual. Os membros da Corte Esmeralda são normalmente os maiores freqüentadores das alas comuns do Feudo do Mar Salgado. Raramente o grande salão, localizado na Sebe, fica tão bem decorado quanto quando a Donzela está no poder. Fora das dependências do Feudo, a corte Primaveril também mantém diversas propriedades como locais de influência. Desde o barracão da Mangueira de Jorjão até as casas de luxo em Copacabana de Fábio Torres, sempre haverá um lugar seguro para Changelings festejarem sob a benção da Corte. Títulos e Cargos da Primavera A Rainha da Primavera: A belíssima Rainha da Primavera é personificação viva do espírito de sua corte. Todas as suas emoções são intensas, sejam elas positivas ou negativas e sua vida é controlada pelo desejo. A Donzela Esmeraldina é uma Belíssima que se faz protagonista de uma estranha corte de bonecos. Sua quadrilha (motley) é composta por manequins (o kith/frataria) versáteis que parecem se dobrar e se transformar nos desejos da Donzela. Muitos temem a Rainha da Primavera pelo seu humor volátil e intenso, característica muito comum entre os seqüestradores de Arcádia. Searce: O Searce do Rio de Janeiro é Paolo, um dos Manequins da Donzela, o cargo é responsável por entrevistar e decidir quem são aqueles que podem entrar na Corte da Primavera. Os critérios usados por ele parecem ser bastante versáteis, no entanto, mais de uma vez um changeling claramente afinado a ideologia primaveril já foi recusado por Paolo. Todos sabem que ele dança sua música de acordo com a vontade da Donzela, que pode pedir a ele para não aceitar pessoas que pudessem representar uma ameaça para ela. O títere nunca discordaria do titereiro. Claviger: Os Clavigieres são membros primaveris um pouco mais voltados para realizações físicas ou para todo tipo de capacidade de auto-defesa, e que por isso agem como seguranças para os principais oficiais da corte da Primavera. No Rio de Janeiro existem quatro Clavigieres durante o mandato da Primavera (mas que continuam a atuar como seguranças fora desta estação). Os Clavigieres são de certa maneira autoridades sobre a defesa do Freehold em sua estação do ano, algo que costuma a enfurecer membros mais capazes da corte do Verão. Os quatro Clavigiers do Rio de Janeiro são: Costa Dias, o imenso e poderoso ogro que a todo momento protege a Donzela Esmeraldina. Villanova, um soldado dedicado que guarda o jardim do Feudo (assim como o Feudo como um todo) ao lado de Carvalho, um gigantesco Elemental planta posicionado na sala do Trono ao lado da Donzela. Por fim, o último Claviger guarda Fábio Torres, o gigolô mais poderoso do Rio, ele é conhecido como Toro, por se assemelhar a um imenso Minotauro. Arquivista: Não seja enganado pelo nome entediante, arquivistas são responsáveis pela principal linha de defesa da Primavera, suas festas. São eles que se encarregam de lembrar todos os rituais, tradições e detalhes que envolvem cada uma das grandes celebrações da Primavera. No Rio, Fausto, o Belíssimo responsável por este serviço é um dos mais respeitados membros da Primavera. Seu incrível vigor consegue sobrepor sua idade avançada neste ativo membro do feudo. Advogados Primaveris: Uma das principais convicções da Primavera é a ausência de julgamento sobre o que efetivamente dá prazer em cada um. Graças ao

encorajamento de todo tipo de perversão muitos membros da primavera ficam seriamente encrencados em problemas legais. Seja por causa da Pedofilia, ou do tráfico de drogas e até mesmo estupro (que raramente é visto com bons olhos entre os próprios changelings, já que é muito comum que eles mesmos tenham sido abusados). Três advogados cuidam destes estranhos clientes. O principal deles é um Mirrado (Wizened) legalista, Roberto, que detêm influência sob um dos mais poderosos escritórios de advocacia do Rio. Sábio Primaveril: Provavelmente o cargo pior visto fora da Primavera. Este sábio oferece outros tipos de serviço, como prostitutas, drogas, acesso a festas, enfim, ele é o conselheiro daqueles que procuram se divertir e se largar aos seus próprios prazeres na cidade. O responsável por este cargo no Mar Salgado é o poderoso Fábio Torres, um sátiro de grande apetite para a perversidade. Avant Guard: Aqueles que são os verdadeiros formadores de tendências e opiniões, seja na moda ou na arte. O título de avant guard é adquirido naturalmente quando as pessoas começam a pensar sobre um changeling desta forma, é considerado trés gauche fazer uma afirmação sobre o título. Atualmente temos três Avant Guard, Larissa, uma changeling dedicada a uma arte erótica e feminista repleta de motivos católicos, que lidera uma urbe de artistas que causam um grande problema no mundo mundano. Beatriz, Musa Belíssima (Fairest), que tem trazido a tona o rejuvenescimento da poética carioca e Astor, que confecciona os melhores vestidos de hedgespun já produzidos por um changeling. Joyeaux: Por fim, temos os Joyeaux, responsáveis pela felicidade do Freehold. Eles dedicam o seu tempo ao prazer dos outros. Seu objetivo é simples, deixar os Changelings do Rio mais felizes. Geralmente eles acabam tendo muito trabalho para animar os membros do Inverno, que costumam a guardar um certo ódio por estes animadores. Como conseqüência Joyeaux são proibidos de agir durante esta estação. No Rio, apenas dois atuam ativamente no feudo: Jorjão, um carnavalesco de mão cheia que controla a folia dos Changelings em sua amada Mangueira, e Roza que atua como secretária e ajudante no Hollow.

ã (A Lança de Ferro, A Corte Carmesin, A Corte da Ira)

A estação do verão é praticamente um sinônimo do Rio de Janeiro, atraindo turistas do mundo inteiro para torrar em suas paisagens verdejantes. Um aspecto que é lembrado com bem menos freqüência, mas que pode passar despercebido é que a cidade maravilhosa também é a sede das forças armadas brasileiras. Mesmo após a mudança da capital, o exército, a marinha e a aeronáutica continuam a pensar a defesa nacional a partir da cidade do Rio. Desta maneira, é muito comum que os Changelings do verão acabem por se envolver com estas instituições, tirando proveito de sua presença em um lugar tão próximo. A verdade é que o Verão já foi um dia a Corte mais forte da cidade, com o maior número de membros afiliados e muitos recursos a disposição. Esta tendência não só diminuiu após o fim da Ditadura de Vargas, mas também foi a corte que mais sofreu com o Grande Inverno de 52. Certamente por ser a linha de defesa do Feudo a maioria dos Changelings do verão acabou morrendo em combate com o Milorde das Lágrimas e os seus homens. Sem nunca esquecer que quem abriu as portas para este ser vil entrar no Feudo Franco, foi ninguém menos que o Campeão Rubro, símbolo do verão na cidade. Passado a crise, as outras cortes não se moveram para acabar com o Reinado de cinco meses do Verão, mesmo com a Corte reduzida a quase um décimo de seus antigos números. Apesar disso, o verão não goza mais do antigo prestígio que um dia possuiu, sobrevivendo de migalhas de glamour deixadas pela primavera durante a sua própria estação. No momento, a Corte tenta aos poucos voltar a sua velha força e fazer com que seus longos reinados valham de novo para todos. Changelings de outras partes do Brasil

e do mundo tem sido chamados para reforçar a estação mais duradoura do Rio de Janeiro e garantir que ataques como o de 52 nunca mais se repitam. Além da presença freqüente em Botafogo, sede do Feudo do Mar Salgado, a Lança de Ferro também possui alguns domínios sólidos pela cidade e pela sebe. O mais notório deles, praticamente a sede da Corte do verão se localiza na Urca, em um casarão ao lado do Forte, bem próximo ao Instituto Militar.

Títulos e Cargos do Verão O Rei do verão: Rashid é um dos grandes heróis e líderes da resistência no Grande Inverno de 79. Este Fera caçanalmas de origem libanesa é até hoje um dos changelings mais admirados entre os seus irmãos, e também temido por aqueles que almejam fazer mal para o Feudo do Mar Salgado. Ainda sim, o prestígio deste Leão com seus pares governantes parece não ser tão forte quanto sua fama, pois até hoje o Tiranicida está vivo, mostrando que apesar de todo o seu poder a Corte do Verão não tem força política o suficiente para levar seu maior traidor a justiça. Sentinelas: O cargo básico de praticamente todos os membros da corte do Verão, um Sentinela é qualquer membro da corte apto a se defender e proteger o Feudo, e todos eles agem como guardas e protetores dos outros Changelings por algumas horas por semana. Escudeiro ou Mula: A corte do verão não recusa recrutas, e este é o cargo onde vão aqueles que não tem nenhum tipo de habilidade útil para o verão. Eles limpam os lugares, escondem corpos e fazem todo tipo de trabalho escuso para seus patrões, já que a outra alternativa era ser discriminado como alguém sem corte. No Rio de Janeiro, existe um pequeno grupo de 10 mulas, todos aparentemente irrelevantes, mas devotados ao seu serviço. Bucha de Canhão: O nível básico dos lutadores do Verão diante de uma guerra. Estes changelings são corajosos e normalmente lutam na linha de frente, mas ainda não foram completamente reconhecidos por seus oficiais superiores. Desta maneira, raramente eles estão bem armados com Penhores ou outros equipamentos de valor. A Irmandade Carmesin: Os Cavalheiros e homens de armas da Corte do verão. Estes changelings são exímios combatentes e participam da tropa de elite da corte. Além de terem excelentes habilidades estão sempre armados com o melhor que o feudo pode oferecer. Existem 13 Cavaleiros pertencentes a este grupo, que compõe a elite dos guerreiros do verão. Alguacil: O alguacil é o cara que coloca ordem não apenas no feudo, mas principalmente nas próprias fileiras dos soldados de verão. Tanta agressividade e raiva sempre acabam gerando confusão e é o papel do xerife policiar este tipo de situação. O Agualcil do Mar Salgado é o orc conhecido como Sargento Delgado, que trabalha junto com seus homens na própria força policial da cidade. Desgosta e desconfia de quase tudo que é feérico, e tenta sempre se manter com o pé no chão. Língua do Sol: O único cargo social dentro da corte do verão. O Língua de Sol age como um diplomata diante das demais cortes. O cargo não costuma a ser tão

respeitado entre os demais membros do verão, que o vêem como uma eterna happy hour social por mais vital e importante que seja esta posição. A verdade é que esta é uma das posições mais difíceis de manter, pois ao contrário das batalhas físicas, o inimigo nunca é tão claro e tudo se decide na base da sutileza. Caramuru é o galante homem raio (elemental) que defende este posto, de traços finos e boa, somando a sua personalidade eletrizante, poucos conseguem diminuí-lo sem serem transformando em motivo de escárnio para todo o Feudo nos meses subseqüentes. Conquistadores do Dia: Os conquistadores são poucos e poderosos. Seu dever é lidar com as ameaças individuais que se espreitam pelo feudo. Hobgoblins Poderosos, Legalistas e até mesmo alguns habitantes de Arcádia se tornam alvo destes temíveis e eficientes homens. Um conquistador sempre é premiado com um Penhor, após uma missão bem sucedida, que contribui para o seu constante aumento de poder. Eles também colecionam troféus de suas vítimas. Apenas um conquistador pode ser recrutado por vez, é a maneira que eles trabalham. São como caçadores de recompensa de elite, fiéis a corte. No Mar Salgado existem apenas dois Conquistadores: Oibuja, também conhecido como Dêmonio de Ébano e "Mineiro" um implacável soldado perfeito. Senescal de Ferro: Todo Rei precisa de um braço direito para lhe ajudar a administrar no dia a dia. As remessas de alimento, aluguéis e contas do Feudo, enfim, a parte administrativa acaba por recair sobre alguém, e durante o mandato do verão isto é responsabilidade do poderoso Golem. O Golem é um dos mais calmos membros da corte, e sempre prezou pela excelência no cargo que exerce. Ainda sim, raramente ele participa de problemas que envolvam ser mais sociável. O Campeão Rubro: Estranhamente, já fazem alguns anos que o segundo título mais importante do Verão é ocupado por um estrangeiro. Ian Morrisey, um exímio espadachim do reino unido conquistou o cargo depois de provar o seu valor inúmeras vezes. Ele permanece invicto e insuperável há anos em qualquer disputa de cunho combativo, e junto com ele está a boa moral da corte do Verão. Enquanto o reinado deste campeão dura, ele é recrutado para todo tipo de tarefa perigosa e insolúvel, que apenas faz seu nome crescer enquanto ele não é derrubado em combate. Desde a traição do Tiranicida, o cargo diminuiu um pouco de prestígio entre os membros do Verão. O General Calescente: O Calescente é o changeling que cumpre a função de general para toda a corte do verão. É ele que pensa as táticas e a organização das estratégias de combate que serão empregadas pelos membros da corte. O velho Marcelo Motta, ex-Conquistador, é o responsável por este cargo. Sua presença é pouco percebida por aqueles que não fazem parte dos cargos de oficiais. Ainda sim, possui um grau de aprovação quase unânime entre todos, já que foi um dos principais responsáveis pela retomada da cidade no Grande Inverno de 52.

(O Espelho plúmbeo, a Corte Pálida, a Corte do Medo) A Corte do Outono também cresceu em poder após a crise de 52, ao lado do Inverno, as duas se tornaram muito mais presentes, especialmente devido a sua luta crucial contra o Milorde das Lágrimas. Responsável por governar por apenas dois meses e dez dias o Outono é outra estação que passa despercebida na cidade. O mesmo não pode ser dito da emoção que rege esta corte, o Medo. Para os habitantes de classe média e classe alta, a proximidade com os morros e as favelas é uma fonte frequente deste sentimento. Para os mais pobres o medo é recíproco, um temor real da mão forte do estado sempre pronta para cumprir os desígnios das classes abastadas. Isto nunca foi tão forte quanto na década de 50, onde favelas tradicionais como o Morro do Pinto foram completamente incendiados por agentes do governo a serviço do medo sentido pelos moradores do Leblon. O misticismo e a religião, armas importantes da corte do Outono também são muito presentes. Lá do alto temos o Cristo Redentor, aliado ao maior número de igrejas católicas no Brasil, nas partes mais antigas da cidade como o centro, a impressão que temos é que existe uma igreja para cada rua. Ao mesmo tempo, a cidade também é o berço da Umbanda, tradição repleta de sincretismo que ainda é forte em toda cidade. As sedes nacionais de Ordens como a Maçonaria e a Rosa-Cruz também possuem seus imensos casarões no centro, e todo tipo de credo e fé pode ser encontrado nos milhares de imigrantes e turistas. Todas estas crenças e símbolos se tornam armas perfeitas para os ocultistas da Corte do Outono. Existem duas sedes oficiais para a Corte do Outono no Rio de Janeiro, a primeira delas é o casarão do Grande Oriente, na Rua do Lavradio, aonde vive Gelado, o Lorde Escrivão junto de Muniz Hartog, o Notário da cidade. Os dois, juntos com o resto de sua Quadrilha, possuem um dos melhores e mais bem conectados Vãos (Hollow) da cidade, dedicado inteiramente aos estudos místicos da Corte.

Outro lugar de muita importância é o terreiro de Lorde Omã, o mais poderoso Pai de Santo da cidade. Localizado em Madureira, este terreiro oferece seus serviços a todo tipo de criatura sobrenatural do Rio de Janeiro, e apesar de ser muito seguro lá dentro, a quantidade de criaturas estranhas que circulam o lugar podem tornar a viajem bem perigosa, especialmente a noite. Títulos e Cargos do Outono O Magister do Outono: O changeling que detêm a coroa do Outono (ainda que não use o título de rei) é o estranho Ezekiel, nascido judeu na Galícia, este Wizened tem no próprio destino o seu ofício, pertencendo a rara fratria dos Criafados. Como o senhor dos pesadelos e do mundo oculto ele é de muito longe um dos mais temidos governantes da cidade. As lendas por trás de seus feitos realmente são assustadoras, mas desde a nova primavera o esforço de reconstrução parece ter amaciado seu espírito, pois todos os changelings parecem importantes sob os velhos olhos do magistrado. O Pajem Crepuscular: Responsável por encontrar e educar novos changelings para a corte do Outono. A Corte possui atualmente quatro changelings que ocupam este cargo. O mais conhecido deles é Tião Peres, um meio macaco astuto e sábio. Paladinos das Sombras: Os campeões que lutam pela causa do Outono. Eles são o punho armado e defensores da Corte. Além disso, eles também atuam como Guarda Real dos Reis do Outono (no caso de Ezekiel, Magister). Também existem quatro Paladinos das Sombras na cidade. Um poderoso Ogro chamado Luko, um audaz e enigmático mago Apolônio, Ésquilo, chamado de Espada Pálida e o líder do grupo, um poderoso Elemental das sombras conhecido apenas como o Ikú (Orixá responsável pela morte). Patrulheiro: São os guardiões solitários que caminham pela Sebe (Hedge), encarregados de guardar as fronteiras e explorar os mistérios locais. Caçadores de Hobgoblins, fazendeiros de frutas goblins e descobridores de Vãos (Hollows) são algumas das especializações destes homens. Existem quatro patrulheiros no feudo, que executam seu trabalho de forma quase invisível para a sociedade changeling do Mar Salgado. Arauto das Brumas: O diplomata do Outono, quem lida com as demais cortes e outras sociedades externas representando a corte do Outono. Geralmente ele também é o escolhido para representar o feudo diante de grupos mais bizarros, como comunidade de hobgoblins e representantes dos feés verdadeiros. A responsável pelo cargo é a bela e sombria Carlota. Capaz de prender a atenção das multidões pelo simples poder de seu olhar. Lorde Escrivão: Conhecido apenas como Gelado, ele é frequentemente confundido pelos mais jovens como um changeling da corte do Inverno, dada sua aparência. No entanto este Lorde Escrivão tem uma das funções mais dignas de sua corte, é ele quem guarda e aloca o conhecimento produzido sobre e pelos changelings do Mar Salgado. Ghûl: Um título misterioso sussurrado em silêncio e segredo. Ninguém fora do alto escalão do Outono sabe os detentores deste título, mas a história do feudo aprendeu a relacioná-los com alguns assassinatos mais bizarros de desafetos do outono. Se realmente este é o nome dado aos executores desta corte, ninguém dentro dela abre a

boca a respeito. Isaías, um soturno e veloz ser sombrio, é freqüentemente acusado de pertencer a este cargo maldito. Feiticeiro ou Bruxa do Vento amargurado: Este título vale pelo ano inteiro e é dado para aqueles capazes nas artes místicas. Ao assumir a posição ele passa a ser o consultor do feudo sobre estas questões, sendo forçado a atuar em casos que envolvam o bem comum de todos. No Rio sempre existe um membro do sexo masculino e feminino ocupando este cargo. Atualmente sob os auspícios de Madame Leda, sábia vidente e Lorde Omã protetor dos sonhos. Mestre dos Pesadelos: O implacável justiceiro do Outono. Este changeling, uma personificação do medo, é quem mantêm a justiça final das leis do outono. Por mais sombria que elas sejam. Quando alguém viola uma das tradições do Outono durante seu reinado, o Mestre dos Pesadelos é o encarregado pessoal de caçá-la e executá-la publicamente. Atualmente, este cargo de mau agouro pertence ao hilário Necromante Dom Rabello, que por mais sociável que ele seja, é capaz de encarnar a própria morte quando se faz necessário. Notário Cinzento: Responsável pela manutenção dos votos e juramentos do feudo. Ele registra todo tipo de jura perpetuada pelos membros do Mar Salgado, assegurando que os termos sejam claros e que não existam muitas brechas negativas ao bem comum nos acordos. Ele também é responsável por comunicar e procurar por transgressões destes votos. No Rio este cargo é exercido por um Trevoso antiquário chamado Muniz Hartog.

(A Flecha Silenciosa, A Corte de Ônix, A Corte do Pesar) Desde o grande inverno de 52, a Corte do Inverno passou a gozar de um grande poder político. A tristeza e o pesar passaram a ser uma das emoções mais fortes do feudo entre os Changelings, a ponto de que alguns passaram a chamar esta nova ordem de Feudo do Mar de Lágrimas. O Inverno, como sempre deve ser é silencioso e discreto. Ninguém sabe onde ficam os seus refúgios de segurança e locais de encontro, ninguém sabe ao certo quem detém exatamente qual cargo na corte. Eles são os espiões e os assassinos entre os Changelings, aqueles que sabem que uma faca nas costas pode ser a melhor forma de auto-defesa contra o inimigo e por isso não se deixam revelar facilmente. É bem raro ver um membro da Corte do Inverno fora de suas celebrações tradicionais na sede do Feudo Franco. O vão comum parece quase fantasmagórico e espectral durante o Inverno tamanha é a ausência de seus membros durante seus curtos reinados. Dizem que até mesmo neva na Sebe durante este período, criando pequenos cristais de gelo nas pontas dos espinhos. O único momento de real agitação durante esta estação é o Bazar de Inverno, um mercado goblim especial que acontece no primeiro final de semana de julho em todos os anos. A grande vantagem deste mercado em relação aos demais é que aqui as mercadorias, os vendedores e os compradores são todos anônimos. Ninguém sabe o que os outros estão comprando e levando, exceto é claro os membros da Corte do Inverno, que prometem manter o anonimato de seus clientes exceto em casa de traição a inimigos externos. O Feudo do Mar de Lágrimas, como é referenciado o Feudo do Rio, durante esta estação também abriga uma grande polêmica na forma de seu Campeão de Cristal, Cristóvão, o changeling acusado de servir o Milorde durante o Grande Inverno. Ainda sim, tirando pelas opiniões exacerbadas dos membros mais poderosos da Corte do

Verão, ninguém tem coragem de questionar a existência de Cristóvão, uma vez que ele já se provou o Changeling mais perigoso do Feudo. Títulos e Cargos do Inverno O Rei do Inverno: Ogier cumpre a função de Rei para sua corte. Seu nome vem da carta de Valete de Espadas no baralho francês (onde todas as cartas de figura possuem um nome), que ele usa como símbolo em sua assinatura. Ogier é um Trevoso de formidável influência e poder de persuasão. É capaz de virar praticamente qualquer argumento contra ele em cima de seu acusador e é por isso mesmo que é tido como o mais perigoso dos reis. Ogier sabe e usa o poder e a influência que ele detêm, e luta contra um delicado equilíbrio que pode rapidamente fazê-lo parecer um problema para seus pares governantes, desta forma, Ogier sempre parece oferecer favores a um preço mais barato que os demais. Os Pajens Fluídos: O título de menor prestígio da Corte do Inverno, reservado para seus iniciantes e changelings que pretendem começar a escalada do poder na corte. Os Pajens Fluídos são usados em missões de escolta, análises de risco e outros objetivos menores para os membros importantes da Corte. Eles sempre são voluntários e nunca são obrigados por seus superiores a cumprir estas tarefas. No entanto, este tipo de postura é ideal para separar aqueles que merecem ascender a Flecha Silenciosa dos demais que ficarão no primeiro degrau. No momento o Rio possui cerca de seis destes Pajens, o único destaque fica com Gambá, que tem se mostrado muito voluntarioso e importante na Corte. Os Escudeiros Gelados: Aqui a Corte começa a se revelar, os Escudeiros tem acesso aos primeiros segredos, sabem a localização de alguns abrigos e também aprende as primeiras mentiras. Eles ainda são novatos, mas começam a deter algum poder real dentro o dia a dia da Corte. Supõe-se que hajam pelos mais seis changelings nesta posição no Rio de Janeiro. Um pequeno bando de três perdidos, parece sempre trabalhar em conjunto e coordenar os Pajens: eles são Ludmila, uma Belíssima Dracônica, Fausto, um Trevoso Vossimagens e Amanda, uma fera gata que raramente é vista pelos membros do Feudo. Armiger de Gelo: Este é o último título público relativo ao status de um membro da Corte do Inverno, logo, mesmo que hajam mais (e especula-se que sejam muitos) publicamente todos os demais membros da Corte são Armigers de Gelo (mesmo o Rei e os Arqueiros). No Rio de Janeiro, cerca de 13 membros clamam ter chegado a este nível na corte, sendo Ogier, o Rei, o mais proeminente. Arqueiro da Marcha Solitária: Este título é concedido para os grandes patrulheiros da Corte Invernal. Silenciosos e invisíveis eles vão até as profundezas da Sebe ou do mundo mundano para encontrar ameaças e identificar recursos. O Rio de Janeiro possui dois arqueiros, o primeiro deles, focado na Sebe é um pequeno Orc furatúneis conhecido como Chouriço, capaz de desenterrar os penhores mais estranhos e úteis para o feudo. O outro arqueiro, no mundo mundano, faz jus ao seu título e usa arco e flecha quando sai para caçar pelo mundo, esta sombra silenciosa é o arejado Juan Díaz. O Campeão de Cristal: Este título foi criado muito recentemente, com a chegada do antigo Campeão Rubro na corte do inverno. Cristóvão era certamente o mais popular Changeling do Mar Salgado, até um belo dia ele abrir as portas principais do salão do

Feudo para o Milorde das Lágrimas e dar início ao massacre durante o Grande Inverno de 52. Conforme os primeiros meses foram passando, Cristóvão parecia agir como o braço direito de seu Protetor (keeper), ajudando-o a desenterrar muitos perdidos que estavam escondidos. Uma bela manhã, Cristóvão chegou a um dos refúgios de emergência principais, com nada mais do que a cabeça decepada do Lorde Feérico. Ele alegou para os changelings presentes, na maioria da Corte do Inverno, que ele descobriu o plano de invasão do Milorde em cima da hora, e que sabia que seria impossível vencê-lo em batalha um a um. Segundo ele, a sobrevivência da maior parte do Feudo Franco era mais importante do que a sua honra, por isso ele optou se junto ao seu protetor e esperar o momento certo para quebrar seu juramento e destruí-lo. O rompimento do juramento com o Milorde das Lágrimas quase destruiu a bela face deste elemental de fogo, lhe forçando a usar para sempre uma máscara. Seu corpo ganhou uma cicatriz para cada um dos changelings mortos durante o Grande Inverno. Deformado e destruído em pesar, a Corte do Inverno proibiu a destruição de Cristóvão. Tentando trazer de volta a sanidade e a posição de maior guerreiro do feudo. O Campeão de Cristal representa o melhor e o pior das Cortes do Verão e do Inverno, um misto de pesar e ira, um ser feito de fogo e gelo que não tem mais nada a perder. Lordes da Câmara Inabitável: Possivelmente o cargo mais desprezível e odiado de todo o Feudo, estes changelings são encarregados de aprisionar e torturar os inimigos da cidade. Ambos são os gestos mais detestáveis da sociedade dos perdidos, que prefere a morte à prisão. Um trio trabalha com dedicação neste papel horrível, um Lorde Cirurgião, conhecido como Norman e seus dois assistentes elementais.

Ainda que o Feudo Franco do Mar Salgado seja uma instituição que integra todos os Changelings do Rio de Janeiro, a sua sede oficial fica em Botafogo, de frente para a agitada Rua São Clemente, no antigo casarão de Rui Barbosa. A escolha se deu graças a história do próprio escritor e seu estranho envolvimento com os Changelings da cidade. Na época da fundação do Feudo Franco do Mar Salgado, em 1815, durante o Reinado de Dom João VI, os Changelings pertencendo a nobreza local situaram a sua sede em um belo casarão na Urca. Como acontece até nos dias de hoje, havia uma porta neste casarão para as verdadeiras dependências dos changelings e para o grande salão comum, situados em um Vão (Hollow) na Sebe. Durante todo o século XIX, os Perdidos vinham de todas as partes da cidade para adentrar o grande salão pela Urca (haviam outras entradas também, reservadas a membros da aristocracia feérica local). Até que em uma bela noite em 1902, um convidado inesperado apareceu no grande Vão, Rui Barbosa, que havia acabado de reformar sua casa e testava uma das novas passagens do anexo que havia construído.

Rui Barbosa era um idealista e um sonhador, o fundador da Academia Brasileira de Letras era um mortal encantado, capaz de ver e interagir com Changelings e seres de Arcadia. Temendo as repercussões políticas da descoberta do famoso Rui, os changelings se prontificaram para fazer ele esquecer o acontecimento. A porta foi selada, e membros da Corte do Inverno passaram a acompanhar de perto o resto da vida do político e escritor. A Urca, sede das forças armadas, já havia sido vítima das diversas intempéries que acometeram a capital no início do século XX. Localizada a beira da Baía de Guanabara a velha casa teve de passar por maus bocados durante a revolta da armada, a revolta da Chibata, os 18 do forte e outros problemas político-sociais do mundo mundano. Com freqüência a antiga sede da Urca, parecia atrair todo tipo acontecimento desastroso para a sua porta.

Apesar disso os Changelings optaram por não se mexer muito, permanecendo em sua sede oficial até os acontecimentos de 1952. Quando o Milorde das Lágrimas invadiu o Feudo, ele o fez pela própria entrada principal do antigo casarão, e depois de matar e capturar todos os presentes, o Feé Verdadeiro fez questão de destruir a sede mundana do Mar Salgado. Quando o Milorde finalmente foi destruído pelo antigo Campeão Rubro, Cristóvão, os Changelings da cidade começaram o lento esforço para recompor sua antiga sociedade. Alguns dos mais velhos entre os sobreviventes lembrou que havia uma passagem selada que serviria de entrada para o poderoso Vão do Mar Salgado. Por esta razão, os Changelings decidiram se mudar para a velha mansão de Rui Barbosa, prédio que havia se tornado público depois de sua morte em 1923. A antiga passagem para a Urca foi destruída, e agora o Grande Vão dava diretamente para a casa de Botafogo. Tirando poucas adições externas, o centro de reuniões dos changelings está todo localizado na Sebe, logo poucos membros efetivamente perceberam a diferença com a mudança, pelo contrário, a nova entrada estava em um lugar mais "calmo" e acessível para todos.

A nova sede do Feudo do Mar Salgado tem funcionado muito bem. É nela que se encontram a maioria dos changelings do Rio de Janeiro durante seus horários vagos. Seu vão também possui enormes jardins com frutas Goblins, além de bons e protegidos caminhos para a Sebe local. Os perdidos recém-chegados na cidade também encontrarão quartos confortáveis para passar a noite, tanto na área mundana do casarão quanto do outro lado. Títulos e Cargos do Feudo do Mar Salgado Apesar da rotação do poder, existem diversas funções na cidade que continuam nas mãos dos mesmos Changelings, independente da estação. Estes cargos são necessários a administração da comunidade local e com raras exceções não costumam a trazer tantas recompensas políticas aos seus possuidores.

Horticulturalista: O jardineiro do Feudo, o senhor Tomaz é um dedicado elemental de planta responsável por cuidar dos jardins tanto no mundo mundano quanto na Sebe. Ele é o principal responsável pelos diversos pomares de frutas goblins do Feudo do Mar Salgado e pertence a Corte Esmeralda. Ritualista: Esta função é exercida com o intuito de reforçar e gerenciar as tradições e as festas do Feudo. Com uma ênfase no aspecto simbólico e ritual das principais datas e eventos da cidade. No Rio de Janeiro, duas irmãs gêmeas são as responsáveis pela organização destes eventos: Lia e Lara. A primeira é uma Belíssima (Fairest) do Kith Brightones e a segunda, idêntica, mas negra como o ébano é uma Shadowsoul. Lia pertence a corte da Primavera e Lara é uma proeminente seguidora da Corte do Outono. Medicastro: Os médicos e curandeiros locais, dedicados a salvar as vidas dos Changelings feridos. O vão do feudo tem uma ala inteira dedicada a enfermaria, aonde trabalham a estranha trevosa (Darkling) Manavalha (Razorhand), chamada Rita da Corte da Primavera. Ao lado do Chirurgião (Chirurgeon) do Outono, Oswaldo Nunes, eles possuem dos pequenos goblins assistentes que habitam a própria Enfermaria, Lûk e Zûk. Guia da Sebe: Um changeling que optou por viver sua vida entre os densos arbustos da Sebe. Mais acostumado a lidar com Hobgoblins e criaturas ainda mais estranhas do que os próprios Changelings ele segue caminhando, sempre nas adjacências dos trods para o Rio de Janeiro. O responsável por ser o Guia da Sebe local é um turista inglês, que chegou andando até o Rio por Trod que encontrou em Londres. Gregory passou os últimos 30 anos aqui e decidiu não deixar mais a cidade Maravilhosa. Ele é um membro importante da Corte do Outono, ainda que viva muito mais como um peregrino longe de todos os seus pares. Gregory é um Ogro que mais se assemelha a um Hobgoblin, cuja pela parece abrigar os próprios espinhos da sebe. Historiador: O possuidor deste cargo se encarrega de conservar e escrever os registros históricos do feudo e dos changelings ao longo dos séculos. É seu dever manter a biblioteca pública do Feudo atualizada e pertinente para todos. Ele também é utilizado quando Perdidos de décadas ou séculos distantes acabam chegando a cidade. O atual representante é Paulo, um ex-padre jesuíta da corte do Outono. Pertencendo a fratria (Kith) dos Autores (authors), ele é um diligente aprendiz de Gelado, o Escrivão. Vidente: Um cargo antigo, quase em desuso. A sala do vidente continua aberta no Vão do Feudo, mas raramente seu ocupante parece estar lá. Moira, da Fratria dos Oráculos é a suposta dona deste cargo. Uma das poucas Changelings que não possui uma Corte no Rio de Janeiro. Pouco se é divulgado publicamente sobre ela. Guarda Imperial: A guarda foi formada ainda no século XIX e preservou seu nome até os dias de hoje. Ainda que toda a Corte do verão seja dedicada a proteção do Feudo, estes quatro seletos guerreiros servem aos Comunais e nunca deixam as redondezas da Sede, sendo obrigados a abandonar seus bandos e viver somente para este dever. Dois deles pertencem a Corte do verão: O elemental elétrico, Heleno e a guerreira Dracônica Lídia. Do inverno temos o Trevoso Invisível conhecido simplesmente como Louis e por fim o Ogro ciclópico do Outono Agápito. Juiz: Ser o Juiz oficial do Feudo significa que você é o responsável por verificar se uma promessa foi quebrada e punir o culpado. Como quase todos os juramentos

mágicos já se rompem quando alguém os trai, o Juiz é um cargo bem mais combativo, encarregado de punir os infratores da palavra. O juiz atual é um poderoso Ogro, um gargantuan de três metros de altura, extremamente perspicaz e eficiente que serve a Corte do Verão. Comunais: O cargo mais importante, e uns dos poucos a imbuir seu usuário de status verdadeiro (o outro é a própria Guarda Imperial). Os Comunais são membros importantes de cada uma das quatro cortes escolhidos a dedo para serem os conselheiros dos Reis, não importa em qual estação. As histórias dizem que sua força política é tamanha que eles podem fazer um Rei renunciar antes da hora. Atualmente os Comunais do Rio de Janeiro são a Bruxa do Outono Joana, o Belíssimo de Fogo Dom Fernando do Verão, a bela mulher pássaro Aurora da Primavera e o reservado Pelepálida do Inverno, Senhor Simon. Fidalguias do Mar Salgado Existem dezenas de Ordens de nobreza no Feudo Franco do Mar Salgado. A mais proeminente delas, fundada no Brasil e hoje popular no mundo todo é a Ordem dos Cavaleiros de São Jorge (The Knighthood of the Dragonslayer). Ainda sim, changelings de todos os tipos podem ser encontrados pelo Rio. Outras opções populares são as Legiões da Muralha de Ferro (Legion of the Iron Wall), os Magi do Espinho Enclausurado (Magi of the Gilded Thorn), o Parlamento dos Vitoriosos (Parliament of Victors) e muitos outros. A única Fidalguia que parece exclusiva ao Rio de Janeiro é a Irmandade dos Bate-Bolas. Durante muitas décadas os Bate-bolas foram uma das fantasias mais populares do Carnaval da cidade, chegando ao ponto de criar verdadeiras "gangues" inteiramente baseadas em diferentes grupos de bate-bola. O Carnaval, como não poderia deixar de ser, também é a festa máxima dos Changelings cariocas, um momento onde todas as pessoas estão exalando glamour de suas emoções fortes em ritmo de festa. Não demorou muito para que alguns Changelings decidissem se aproveitar deste momento e eles mesmos criarem as suas próprias gangues de bate-bolas, que acabaram se tornando uma tradição anual. Se dividindo entre cortes ou entre bandos de rivalidade mais acentuada, a prática se tornou muito popular, especialmente entre Perdidos com menos condições sociais. Estes changelings das favelas e do subúrbio, muitas vezes excluídos de Ordens de Fidalguia, decidiram criar a sua própria identidade, a Irmandade dos Bate-bolas, que acabaria se tornando muito maior do que uma simples brincadeira de carnaval, dando origem a um Título de poder feérico. Desde então, o grupo se espalhou no Brasil, envolvendo os principais Changelings do submundo e os organizando em um grupo de interesse comum. A Irmandade dos Bate-bolas sempre foi uma Fidalguia mal vista pelos Changelings considerados de "status", mas depois de sua atuação importante durante o grande Inverno de 52, onde todos os Bate-bolas lutaram ativamente pelo Feudo Franco, ela tem sido melhor aceita na sociedade dos Perdidos.

abjurante (forsworn): Alguém que quebrou uma promessa. O título poderá ser usado, com justa causa, enquanto estiverem em vigor as penalidades do juramento e durante um ano e um dia depois disso. Geralmente empregado como insulto quando a quebra da promessa é de conhecimento público. abjurar; abjuração (forswearing): O ato de quebrar uma promessa. Aquele que abjura é chamado abjurante ou perjuro. Arcádia: O reino dos Fées Verdadeiros e a antiga prisão de todos os changelings. Também chamada Feéria. aspectos: Os elementos que constituem as promessas. São eles: encargo, dádiva, sanção e duração. Os aspectos têm três categorias de poder: menor, mediano e maior. bando, quadrilha; Um grupo pequeno de changelings, às vezes comprometidos por um voto de amizade. Quadrilha é normalmente utilizado por Changelings de maior status social ou mais antigos, enquanto os demais usam o termo bando. changeling: Um ser humano que foi alterado pelo tempo que passou encarcerado em Arcádia, tornando-se em parte feérico. comprometido (oathbound): Uma das partes envolvidas numa promessa. Também pode ser usado para descrever um segredo protegido por um juramento: “Essa informação está comprometida, amigo”. Contrato: Um pacto místico selado entre os fées e uma personificação física de uma força natural, o que permite aos fées recorrer a poderes sobrenaturais. Contrato Goblin: Um Contrato ilícito, em geral fácil de aprender, mas com efeitos colaterais desagradáveis. corsário (privateer): Um changeling que age como traficante de escravos ou caçador de recompensas para os Fées Verdadeiros em troca de continuar livre. Corte; Corte Maior: Uma organização social grande que se dedica à ajuda mútua e à autodefesa, unida por votos de lealdade. As Cortes da América e da Europa costumam se organizar em quatro Cortes sazonais. Corte da Primavera: A Corte ligada à primavera, ao desejo e à beleza. Corte do Inverno: A Corte ligada ao inverno, ao pesar e à intriga. Corte do Outono: A Corte ligada ao outono, ao medo e ao misticismo. Corte do Verão: A Corte ligada ao verão, à ira e ao poderio militar. dádiva (boon): O aspecto de uma promessa que rege as recompensas devidas àqueles que mantêm a palavra empenhada. distorção onírica (dream warping): As manipulações estranhas e medonhas dos sonhos dos mortais que só os Fées Verdadeiros conseguem criar, capazes de transformar os mortais em escravos sonâmbulos, em fontes de Glamour ou Força de Vontade, dentre outras façanhas terríveis. duplo (Fetch): Uma réplica de um ser humano, construída pelos fées e deixada neste mundo para tomar o lugar do raptado.

duração: O aspecto de uma promessa que determina durante quanto tempo as partes envolvidas serão obrigadas a mantê-la. Ecos: Os poderes manifestados por um duplo. encantados (ensorcelled): Os seres humanos que se empenharam em promessas com os fées; mais especificamente, aqueles que, por meio de uma promessa, conseguem ver o que está por trás da Mascarilha. encargo: O aspecto de uma promessa que rege aquilo que se espera dos comprometidos. Fado (Wyrd): O poder de Feéria. fée (fae): Termo genérico para as coisas e criaturas impregnadas com o poder de Feéria ou da Sebe. Fées; Fées Verdadeiros; fadas Verdadeiras (True Fae): Os habitantes imortais, poderosos e cruéis de Feéria; as criaturas que raptam os seres humanos e vão, aos poucos, transformando-os em changelings. Feéria: Arcádia. feéricos; seres feéricos: Os habitantes de Arcádia. feição: O aspecto físico de um changeling, que reflete o papel que ele desempenhava em Feéria. feudo franco (Free hold): Uma sociedade local de changelings, geralmente dirigida por um soberano sazonal, e que oferece apoio a seus colegas changelings. fidalguia (entitlement): Uma ordem exclusiva de changelings, parte título de nobreza, parte irmandade mística. fragilidade: Uma proibição ou fraqueza sobrenatural que acompanha os índices elevados de Fado. frasco onírico (dream phial): Um objeto que contém o sonho criado por um changeling; dormir com um frasco onírico por perto libera o sonho na mente da pessoa adormecida. Criado com a oniroconfecção. fratria (Kith): Uma subcategoria da feição que representa afinidades mais específicas, como os elementos ou certos animais. frutas goblins: Diversos tipos de artigos feéricos de consumo que são recolhidos da Sebe e provocam algum efeito sobrenatural no usuário. Gentis, os: Eufemismo que os changelings usam para se referir aos Fées Verdadeiros. Glamour: A energia sobrenatural em estado bruto que nutre os fées. Está ligado às emoções fortes do coração humano. goblin: Termo genérico para coisas e criaturas feéricas que não devem lealdade a ninguém ou de lealdade dúbia; aplica-se geralmente a hobgoblins e changelings independentes. hobgoblins: As criaturas e os habitantes feéricos da Sebe. juramentado (oathsworn): O mesmo que comprometido. legalista (loyalist): Um changeling que, em segredo, ainda é leal a seu Protetor ou a outro Fée Verdadeiro e que, muitas vezes, age como espião na sociedade dos Perdidos.

listrado (banded): gíria para alguém que teve a palavra empenhada; veja comprometido. Tem origem nas listras pretas que aparecem em volta da aura de alguém que empenhou sua palavra. Mascarilha (Mask): A ilusão que disfarça a presença dos fées aos olhos dos mortais. Mercado Goblin: Um mercado negro feérico e geralmente itinerante, no qual os changelings e, às vezes, outros fées, negociam mercadorias e serviços ilícitos. oniroconfecção (dreamweaving): A arte de usar o Glamour para criar sonhos e vertêlos em frascos oníricos. oniromancia: A prática de sonhar estando lúcido. No entanto, os changelings e outras criaturas do Fado são capazes de aplicar essas técnicas aos sonhos de outras pessoas. oniromaquia: Combate onírico. Somente os que sabem usar a oniromancia podem travar a oniromaquia. oniropaisagem (dreamscape): A totalidade de um sonho, composta de ambiente, criaturas e ocorrências dentro do sonho; tudo que estiver no sonho, exceto o sonhador e possíveis oniropompos de visita. A arte de criar uma oniropaisagem inteira é chamada oniropaisagismo. oniropompo: Um changeling ou outra criatura que entra no sonho de alguém. oniróvoros: Criaturas naturais da Sebe ou de Feéria que consomem os sonhos ou as identidades oníricas dos mortais. Outros, os: Mais um eufemismo para os Fées Verdadeiros. passeio onírico (dream riding): A arte oniromântica de entrar numa oniropaisagem e alterá-la ligeiramente durante o sonho, permitindo que este se desenvolva quase normalmente, apenas com pequenas alterações, de acordo com os desejos do oniropompo. penhor: Um objeto impregnado com uma certa medida de poder feérico. Perdidos: Um eufemismo para “changelings”. Usado geralmente por changelings que se recusam a pensar que não são mais humanos. perjuro (oathbreaker): O mesmo que abjurante. promessa (Pledge): Um voto entretecido nas meadas do Fado e que se impõe com a força da natureza dos fées e do próprio destino. Protetor (Keeper): O Fée que mantinha o changeling em Arcádia e cuja influência geralmente se faz sentir na feição desse changeling. sanção: O aspecto de uma promessa que rege o castigo devido àqueles que quebraram a promessa. Sebe, a (Hedge): O mundo sobrenatural e espinhoso que fica entre o reino dos mortais e Feéria. semblante (Mien); semblante feérico: A forma verdadeira de um changeling ou outro fée, disfarçada pela Mascarilha. trod: Uma trilha aberta na Sebe, levando de uma localidade mortal à outra ou até Feéria. Também é usado para fazer referência ao local físico que corresponde à entrada para uma dessas trilhas. Vão (hollow): Um refúgio na Sebe.

Belíssimos (Fairest): Os mais belos de Arcádia, apesar de nem sempre os mais gentis; elegantes e adorados, graciosos e manipuladores. Contrato por afinidade: Vanglória. Fratrias: Bailarinos (Dancer), Dragontinos (Draconic), Florescentes (Flowering), Musas (Muse) e Resplandecentes (Bright Ones). Além dos mais incomuns Fogonato (Flamesiren), Policromático (Polycrhomatic), Almescura (Shadowsoul), Telúricos (Telluric), Preciosos (Treasured). Elementais (Elementals): Filhos da terra, do ar e do céu de Feéria; nascidos dos elementos brutos da própria natureza. Contrato por afinidade: Elementos. Fratrias: Almardentes (Fireheart), Aquanatos (Waterborn), Arejados (Airtouched), Cerneterras (Earth-bones), Florestirpes (Woodblood), Manequins (Manikin) e Nevados (Snoskin). Além dos incomuns Poluenatos (Blightbent), Metálicos (Metalflesh), Sulcodareias (Sandharowed), Eletrigeiros (Levenquick). Feras (Beasts): Aqueles que têm sangue animal e caçam nas florestas emaranhadas de Feéria, nadam em suas águas, voam alto nos céus ou andam de um lado para outro em seus canis. Contrato por afinidade: Garras e Dentes. Fratrias: Caçanalmas (Hunterheart), Celerigeiros (Runnerswift), Couraguados (Steepscrambler), Dorsolargos (Broadback), Penalventos (Windwing), Presavirosas (Venom-bite), Sobescarpas (Swimmerskin) e Sorrasteiros (Skitterskulk). Além dos mais incomuns Quimera (Chimera), Olhosclaros (Cleareyes), Escamafrias (Coldscales), Carniceiros (Roteaters), Cãoleais (True Friends). Mirrados (Wizened): Os artesãos discretos e engenhosos de Arcádia, os sábios e espertos operadores de prodígios. Contrato por afinidade: Artifício. Fratrias: Artífices, Artistas (Artist), Castelões (Chatelaine), Cervejeiros (Brewers), Chirurgiões (Chirurgeon), Mateiros (Smith), Oráculos (Oracle) e Soldados (Soldier). Além dos mais incomuns Serventes (Drudge), Criafado (Fatemaker), Jogadores (Gameplayer), Mineiros (Miner), Trilheiros (Woodwalker). Ogros (Ogres): Os goblins e gigantes de Feéria, fortes e, geralmente, brutais, de ombros largos e mãos ensanguentadas. Contrato por afinidade: Pedra. Fratrias: Andalonges (Farwalker), Aquáticos (Water-dweller), Cernepedras (Gristlegrinder), Ciclópicos (Cyclopean), Gargantuescos (Gargantuan) e Ralacarnes (Stonebones). Além dos mais incomuns Rubrobruto (Bloodbrute), Escultores (Render), Dentabruxas (Witchtooth). Trevosos (Darklings): Os noturnos, os fées que se escondem nas sombras e, enfurnados em grutas escuras e vales secretos, chamam por nós. Contrato por afinidade: Trevas. Fratrias: Antiquários (Antiquarian), Fuçatúneis (Tunnelgrub), Sepulcreiros (Gravewight), Toquevampes (Leechfinger) e Vossimagens (Mirrorskins). Além dos mais incomuns Planadores (Lurkglider), Lunáticos (Moonborn), Voznoturna (Nightsinger), Espectropálidos (Palewraith), Mãonavalhas (Razorhands), Sussurofátuos (Whisperwisp).

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ACEF_1516_13667 Decisão do CA_MMED.pdf
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Page 1. Antebrachium. Carpal bones. Proximal row. Distal row. 4th metacarpal bone. 3rd metacarpal bone. 2nd metacarpal bone. Proximal phalanx. DDE. Middle phalanx. Distal phalanx. Dog. Pig. OX. Horse. Radius. Ulna. Radial carpal bone. Intermediate ca

Sep-Mar Sum: gross net T/O gross net T/O gross net ...
26,000 741 679 17 29 732 666 1 15 732 667 30 31 714 648 7 37 708 643 11 28 699 633 10 34 691 627 2 28 691 627 7 31 693 628 12 19 691 627 2 17 689 625 27 20 705 641 19 15 703 649 0 8 703 649 1 6 702 648 0 4 702 648 1 3 701 647 7 7 705 652 0 3 705 652